Player da Radio

Pesquisar neste Blog

Tocando agora na Rádio!

Parashá Kedoshim Resumo

Mensagem da Parashá Kedoshim

(קדושים, santificados)
Vaicrá 19:1-20:27

Esta semana lemos a porção de Kedoshim, dentro de um período muito importante para a Cabalá, o Ômer. Especificamente no dia 33 da contagem, comemora-se o aniversário de morte do Rabi Shimon bar Iochai, autor do Zôhar, obra base da Cabalá.

Esse sábio e seu filho, fugindo da perseguição romana, foram forçados a se esconder durante 13 anos em uma caverna – e esse foi o momento mais precioso de suas vidas. Um riacho e uma alfarrobeira milagrosamente surgiram para fornecer-lhes comida e bebida e para que, sem perturbações e sem desculpas, eles pudessem investir seu tempo nos estudos.

Quando a ameaça romana desapareceu, eles deixaram o local. O Rabi Shimon entrou na caverna como um mero aluno e saiu como um líder, e foi, certamente, o cabalista mais influente de todos.

Nós, atualmente, ao contrário do Rabi Shimon, vivemos em um ambiente de liberdade. Não há soldados à espreita e nem ameaça a nossas vidas. Mas, apesar dessa liberdade, estamos sob constante ataque. De quem? Das distrações do mundo, que são ferramentas usadas por nosso ego para impedir que nos dediquemos a algo, que sejamos pessoas melhores, que nos conectemos com a espiritualidade.



Em Pirkei Avot (1:7), o sábio Nittai desenvolve: "Distancie-se de um mau vizinho, e não se associe com uma pessoa perversa." Não é preciso ler muitos jornais para estar informado dos sérios problemas de moralidade ameaçando nossa sociedade nos dias de hoje. É próprio da natureza humana ser influenciado pelos traços de caráter e padrões de valores presentes entre nossos vizinhos. Entretanto, é imperativo que nos esforcemos para seguir o código de conduta eterno que D'us prescreve na Torá.

Um símbolo sutil, embora vital, do repúdio da influência da sociedade ocidental é encontrado até mesmo no modo em que cortamos o cabelo. Muitas pessoas hoje têm as costeletas aparadas, de muitas maneiras um reflexo dos estilos sempre mutantes do mundo contemporâneo. A Torá declara o contrário na porção desta semana: "Não cortarás o cabelo de vossa cabeça em redondo, e não raspareis (com navalha) vossa barba" (Vayicrá 19:27); os homens judeus também não podem raspar completamente as costeletas, nem barbear as faces com lâmina. Assim, em algo simples como uma ida ao barbeiro, devemos permanecer cônscios de que é a Torá que guia nosso comportamento, não aquilo que a sociedade define como "legal." Muitos de nossos hábitos, como usar kipá ou vestir modestamente, ajudam-nos a lembrar de nossa distinção e papel especial neste mundo.

Infelizmente, o último século tem mostrado uma taxa alarmante de casamentos mistos, ignorância e assimilação. Não é surpresa que isso pode ser atribuído em grande parte à sociedade convidativa em que vivemos. Ao contrário de antigamente, quando nossas mães caminhariam quilômetros para ir até o micvê, ou quando nossos pais conseguiriam juntar somente o dinheiro suficiente para honrar o Shabat com vinho para o kidush, nós felizmente possuimos infinitas oportunidades para cumprir mitsvot sem sacrifícios. Porém, tragicamente é muito tentador agir "em Roma como os romanos" e desejarmos nos encaixar na maioria. Recebemos ordem, entretanto, de não imitar valores que são antiéticos para a Torá. Ao contrário – devemos ser santos – seguirmos o estilo de vida da Torá. D'us tem Suas razões para prescrever a maneira correta pela qual devemos pautar nossa vida.

Estamos agora no período entre os dias de Pêssach e Shavuot, o intervalo de sete semanas no qual o povo judeu se purgou dos costumes egípcios e preparou-se para receber a Torá no Monte Sinai. Assim também, devemos inventariar nossas próprias atitudes e valores, notando que não são as novidades efêmeras da cultura ocidental que devemos incorporar, mas sim os padrões perenes da Torá. Se nos lembrarmos disso, então seremos verdadeiramente uma luz entre as nações.


Fontes: Yair Alon – Energia Semanal;
chabad.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário